quarta-feira, 10 de abril de 2019


Exatamente só

A docilidade dos ventos e a brisa do mar
Fazem as sombras balançarem na paisagem
Refúgio das horas em que busquei um rosto.
Meu ser dramático e um tanto envelhecido,
Traz as marcas da vida cujas memórias
Estão guardadas em um armário de bugigangas.
Tantas inutilidades e reações impensadas,
Traduzem o vazio que trago no peito.
Fui aquilo que hoje condeno, a solidão
É minha aliada.
E exatamente só, encho os cinzeiros com
As pontas soltas daquilo que poderia ter sido.



Não lamento

Dentro da caixa dos sonhos
Onde o amor em sua sublime
Determinação,
Supera os obstáculos,
Há também a decepção.
Vivemos a magia, a surpresa
Num contexto de paixão.
Depois resta-nos a morte
Interior, como o azeviche
Noturno que invade o coração.

Não lamento aquilo que passou,
Apenas a debalde recordo.
Melhor seria não ter te conhecido,
Mas o que seria de minhas memórias,
Vazia de amor e sem sentido?


Intolerância

Palavras que ressoam na mente
Sensível à frequência universal
Direi que as capto docemente
Trago à vida poesia transcendental

Então aos decrépitos deixo a real
Aos néscios uma pitada mormente
Das frases mal rimadas e sem final
Afinal engedrar o sutil e o premente

É algo que aperta o sapato d’alguns
Ou os lábios das mais belas damas
Quando o flux dá sentido aos sobrecomuns
Lampejos de sentires tocam a alma

Com calma ajeito os rascunhos
Dou um passeio pela concordância
(Nariz torcido dos sábios de plantão).
Levanto as mãos com força dos punhos
Cinco minutos e eis o poema da intolerância!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Ebooks

Prezados,

Nunca ganhei um centavo com livros, sempre escrevi por amar a poesia.
No entanto, criei alguns ebooks que estão nos links abaixo e são apenas
em valores simbólicos.

Relicário



https://www.saraiva.com.br/relicario-9957226.html

Paradigmas

https://www.saraiva.com.br/paradigmas-9911291.html


Lágrimas da noite



https://www.saraiva.com.br/lagrimas-da-noite-9943127.html

Evidências

https://www.saraiva.com.br/evidencias-9957239.html?sku=9957239&force_redirect=1&fbclid=IwAR2hW923NRJSMbtx5o2hjGAsDjClJEvrjTQ37fj7pzrLZPJjv8zNCPJwDMA

quinta-feira, 29 de novembro de 2018


Até breve!

Qual borboleta à espera do fim
Miro o lux desse céu azulinho
Tantas viagens sobre as flores
Cores e perfumes, para enfim
Abraçar o vento e de mansinho
Olvidar do passado de dores
Último voo, universo em mim!


Lá se vão os anéis (e não são de saturno)

Derrapou na contramão das banalidades
Vida fútil, teatro das vaidades
Máscaras de hipocrisia
 Concordou em desistir das ilusões
Viu-se infestada de súbitas questões
Deixou o passado de glórias e discórdias
Investiu em longas viagens astrais
Enfrentou seus próprios monstros
A resposta surgiu num imenso clarão
Dentro de si morava um outro ser
A razão, a verdadeira face da realidade
Esteve aprisionada na holografia
De um mundo perdido no espaço-tempo!

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Holograma



Holograma

As armadilhas estão à espreita e o mundo a girar
O luzidio das belas estrelas sobrepõe-se ao mar
Deveras poderia concluir que é engodo, mágica
Tolo que sou e crendo me erudito vivo a prosar
Hologramas tem sentimentos, paixões e afãs
Discorrem sobre linhas do imaginário viver
O querer atravessa o universo, nave perdida
São voos em busca do “eu” aprisionado,
Esquecido em um plano qualquer a desejar
Um encontro familiar numa galáxia qualquer!


Tânia Mara Camargo

quarta-feira, 25 de julho de 2018

AMNÉSIA


AMNÉSIA

Irreal é o tempo mas assombra meu frágil corpo
Sei que sou mortal, holográfica, personagem
Poesia descabelada, desprovida de anticorpo.
Exaltada atriz no cenário da picaretagem

Passam memórias pelo flash do cérebro sabotado
Sons e percepções na noite constelada
Meus lábios açaí com batom desbotado
Num sorriso irônico sabendo-se um nada

Os algozes engendram os planos, os acordos
Eu travo uma batalha para não os favorecer
Mas sou humana apenas um boi gordo

Amnésia temporária, sou um ser inculto
Mas vou evoluir sem plasmar, crescer
Talvez assim saia daqui, salvo indulto!

Tânia Mara Camargo

sábado, 18 de novembro de 2017

Num acorde de guitarra, acorde!



Ontem foi um acaso, é relevante?
O tempo é uma metáfora inexistente
As estrelas estão sempre ao alcance
Viagens astrais, universo tão presente

E vim como um acorde de guitarra
Num blues de um dia tão azul
Partículas numa alma que se agarra
Para ser, estar, viver no Paul

Pegadas na calçada confirmam, existo
Sou um ser divino num mundo caótico
Explicito terráqueo como o previsto
Preferia ser anormal, robótico

Poderia ser um Et de qualquer galáxia
Oh! Diriam os sábios é tresloucado
Mas sei é culpa da dislexia

Por falta de raciocínio lógico, néscio
Vou em frente seguindo os átomos
Na ilusão de ser um ente cônscio!

Você é assim



Encosta tua boca no meu pescoço
Provoca em mim íntimos desejos
Deixa-me louca por teus beijos
Fala baixinho, você é assim

Fala tudo aquilo que gosto, você é assim
Fala baixinho por entre meus cabelos
Arrepia meus pensamentos
Desequilibra meu corpo com estes
Olhos de homem menino
E saí devagarzinho feito um gato
Eu saio do salto não consumei o fato

Moço bonito de sorriso inocente
Sou a lua, mulher somente
Sertaneja e autossuficiente
Mas me detenho me faço carente

Fala baixinho...

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Uma dama vestida do sol


Uma dama vestida do sol


Quando a dama vestida do sol
Estiver prestes a parir
A lua estará abaixo de seus pés...
-.-.-.-.-.-.-.-.--.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
Em órbita os sonhos do amanhã
Podem revelar-se em pesadelos
Vivemos num imaginário de afãs
Indiferentes à realidade, há desvelo
Ocultam a verdade através de flagelos

Notícias plantadas, diversões vãs
Somos artistas do palco terra, paralelo
De outras dimensões, somos sinuelos
Gado manso vivendo apenas de farelos

Está próximo a arrebatamento coletivo
Em poucos anos seremos lembranças
De uma poesia concreta com objetivo

Elevar a mente e alma com perseverança
Viver com alegria e acreditar em si mesmo
O universo nos proporciona amor, a herança!

Tânia Mara Camargo - 03-08-2017


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

TRANSIÇÃO


TRANSIÇÃO

Não mencione os nomes
Aprisionados vivemos na bolha
Envenenados, enganados e há fome
Porém, para despertos há escolha

Acorda para a hegemonia vigente
Somos almas distintas, temos poder
Há uma luz dentro do peito latente
Uma cegueira que não nos deixa perceber

Quão belo é o universo e a fonte criadora
Que nos trouxe para iluminar a escuridão
Que nos permite engendrar vida inspiradora

Há um perfume de flores astrais lá fora
Cores indizíveis, tons puros, anunciação
Transição impossível detê-la agora!

Tânia Mara Camargo 02-08-2017

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Poesia real

Poesia real

Os cabedais são fonte de aprendizado
Mas eles dizem de uma transição iminente
Tantas galáxias, tantos planetas habitados
E aqui viemos parar em missão combatente

A poesia que trazia no bolso partiu
Sem aromas, nem cores, deixando o vazio
Não cultuo a deusa lua e outros que incutiu
Deuses e Mestres com retórica pueril

Nada é mais avassalador do que a verdade
Não temos memórias de outras vidas, enganados
Não temos vontade própria, somos manipulados

Temos então obrigação de ser feliz
Representar bem nosso papel, atores
Afinal na matrix o alimento é o medo,
A incerteza, a raiva, a ganância...

Tânia Mara Camargo
01-08-2017